quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Bikes, jovens e um novo jeito de se fazer política

fonte: Blog Ricardo Young
Publicado 23/fev às 09:50

Não se fala em mobilidade urbana sem se repensar o uso das bicicletas como meio de transporte. Barata, não-poluente e saudável, ela é indispensável à fórmula da mobilidade, além de grande aliada da principal solução, que é o transporte público. Esse recado a gente já conhece. Mas ele não estaria tão claro se não houvesse milhares de jovens agindo politicamente em prol da bicicleta.
Sim, esse movimento é politizado. E pode responder aos que consideram “alienada” a atual geração de jovens. Normalmente esse pensamento nasce da comparação com a geração que lutou pelo fim da ditadura no Brasil. No entanto, uma pesquisa (www.osonhobrasileiro.com.br) divulgada no ano passado, encabeçada pela agência de pesquisas Box e Datafolha, revelou que os jovens brasileiros encontraram formas diferentes de fazer política. E a bicicletada é um dos exemplos de sucesso.
A única bandeira do movimento é a defesa da bicicleta. Daí decorrem todos os outros princípios: mais saúde e qualidade de vida para uma sociedade que está mais sedentária do que nunca;  menos impacto no meio ambiente, já que a bicicleta é veículo livre de emissões de gases poluentes, ao contrário dos motorizados;  mobilidade, já que o veículo é pequeno e poderia tomar as ruas sem causar tanto congestionamento; economia, afinal, é de baixo custo e acessível ao bolso da maioria da população.
Com essa transversalidade de princípios, o cicloativismo só poderia empenhar ações também transversais e integradas. A bicicletada é apenas a ponta do iceberg se lembrarmos que os cicloativistas também promovem atividades de sensibilização da sociedade,  com inserção de oficinas e palestras em diversos eventos e também pelo cyberativismo; permanecem atentos às medidas das empresas municipais de trânsito em relação à bicicleta e constantemente pedem reuniões com essas empresas, enviam relatórios sobre problemas e propostas para a mobilidade urbana em suas cidades e ainda elaboram projetos para criação de condições mais favoráveis ao uso da bicicleta. Para tanta discussão e proposição, uma regra básica é seguida entre esses jovens: horizontalidade.
Não há líderes, estatutos, siglas. Esse é o modo que os jovens encontraram para acreditar em um fazer político. Essa geração, conforme a pesquisa citada lá em cima, não acredita em grandes heróis que sacrificaram sua vida pessoal em prol de um ideal maior. Os heróis dessa geração estão no seu dia-a-dia. Pode ser o motorista do ônibus que leva uma rotina sofrida, ou a mãe que lhe deu de tudo, ou aquele amigo que conquistou seu sonho.
Esses jovens acreditam que seu bem-estar individual conflui com o bem-estar social. Por isso, apostam em “microrrevoluções”: cada um fazendo um pouco pelo que há à sua volta. Somadas, essas pequenas atitudes podem dar corpo a uma transformação não-armada, não-conduzida. Talvez justamente porque o que não é conduzido não pode ser desviado.
Sem nenhuma armação para alcançar o mundo todo, a ideia da bicicletada começou lá em 1992, na cidade norte-americana de San Francisco. Chegou em 2002 a São Paulo e Florianópolis. Era a primeira vez que a bicicleta virava notícia não como objeto para esporte ou passeio, mas como veículo de transporte.
Centenas de pessoas fizeram a bicicleta voltar às notícias, em várias cidades do país no fim de janeiro. Quase 200 pessoas se reuniram na praça do ciclista, em São Paulo, mesmo debaixo de chuva. No Recife, a bicicletada se juntou aos movimentos de protesto contra o aumento do preço das passagens de ônibus. Em Curitiba, aconteceu no sábado a Bicicletada da Fita Métrica, na qual os ciclistas aproveitaram o evento, que mistura passeio com manifestação, para conferir a largura das ciclovias recém-implantadas na cidade. Em Aracaju o movimento já seguiu em ritmo de carnaval e os ciclistas pedalaram usando fantasias. Em Porto Alegre, mais de 200 ativistas se reuniram para a bicicletada que, desde aquele atropelamento em massa ocorrido há quase um ano, conta com viaturas policiais acompanhando o trajeto. Manaus, Maceió e outras 400 cidades pelo mundo pedalaram na última sexta-feira de janeiro.
Além da esperança de cidades mais ágeis do ponto de vista do transporte,  e mais sustentáveis, do ponto de vista das ideias, esses jovens nos dão a esperança de que o fazer político seja diferente do que predomina hoje. Sobre menos rodas e menos velocidade, o cicloativismo nos dá pistas de que um novo fazer político deve ser mais horizontal, criativo, ousado e, claro, virulento.

Bike com motor que armazena a energia gerada pelas próprias pedaladas e freadas do ciclista

fonte: mobilize

Sabe aquele farol com dínamo, que funciona com a energia gerada pelo movimento da catraca? Pois é. Imagine uma bicicleta inteira movida com um sistema parecido

AutorHélio Dias
The Copenhagen Wheel
The Copenhagen Wheel
créditos: Divulgação
Isto é o que promete The Copenhagen Wheel – a roda de Copenhagen (capital da Dinamarca) -, um projeto desenvolvido por um time de designers e engenheiros de várias nacionalidades.

A invenção consiste em um dispositivo colocado na roda traseira com um motor acoplado a baterias recarregáveis que utilizam a própria energia cinética gerada pelos pedais e freios para mover a bicicleta, ajudando o ciclista a superar subidas e trajetos difíceis.



Além disso, ele possui um computador que ajuda a calcular distâncias, traçar melhores rotas e programar rotinas de treinos, entre outras funcionalidades.

Uma solução limpa e prática para a locomoção de pessoas mais velhas, sem muito preparo físico ou que tenham  qualquer dificuldade para encarar morros ou longas distâncias em trajetos urbanos.

A dúvida que fica é se essa tecnologia pode mesmo chegar ao mercado ou se vai ser apenas mais uma boa ideia desperdiçada como tantas outras que a gente sempre vê por aí.

Para dar uma pontinha de esperança, é bom ver que um dos antigos participantes desse mesmo concurso, em 2007, foi a bicicleta dobrável da Puma, que hoje é produzida em escala industrial e comercializada em muitas lojas da empresa.

É fato que o conceito de bicicleta dobrável é bem mais antigo, mas também é velha a ideia das bicicletas motorizadas, e como a tendência atual é cada vez mais investir na produção de energia limpa, é possível que a gente veja sim a Copenhagen Wheel ou algo parecido no mercado em breve.

BICICLETA É O QUARTO MEIO DE TRANSPORTE MAIS USADO PARA DESLOCAMENTO NAS CIDADES



Pesquisa CNI/Ibope sobre locomoção divulgada nesta quarta-feira, dia 17, mostra que menos da metade dos brasileiros, 42% ao todo, afirmam usar o transporte coletivo como primeira opção para chegar ao trabalho ou escola. O levantamento foi realizado entre os dias 20 a 23 de março deste ano em 141 municípios.

Segundo a pesquisa, o transporte coletivo (ônibus, micro-ônibus, van, metrô, trem, bonde e barca) é utilizado por 61% dos entrevistados, mas apenas 42% o utilizam como seu principal meio de locomoção da casa para a escola ou local de trabalho ou para realizar alguma outra atividade rotineira.

Para 37%, o tempo é o principal fator na escolha do transporte. Ao todo, 24% dos entrevistados afirmaram demorar mais de uma hora para chegar ao trabalho ou escola. Nos municípios com mais de 100 mil habitantes, o percentual sobe para 32%. 
 
Fonte: Pesquisa CNI/IBOPE: retratos da sociedade brasileira: locomoção urbana – Agosto 2011 

A maioria dos brasileiros (68%) também utiliza mais de um tipo de transporte para se locomover. O tempo de locomoção é maior para quem tem maior renda, o que sugere, segundo os pesquisadores, que essas pessoas moram mais afastadas do local de trabalho ou estudo.

Meios de locomoção

O principal meio é o ônibus (34% afirmam utilizá-lo como principal meio de locomoção). Em seguida aparece a caminhada, com 24%, o automóvel da família, com 16%, e a bicicleta, escolhida por 8% da população.

O meio de transporte que obteve pior avaliação foi o ônibus: 24% dos entrevistados o consideram ruim ou péssimo, mas 46% consideram que o serviço melhorou nos últimos dois anos.

Mais da metade da população também diz ter medo sempre ou na maioria das vezes de sofrer um acidente ou ser assaltado em meios de transporte.
 
Fonte: Pesquisa CNI/IBOPE: retratos da sociedade brasileira:locomoção urbana – Agosto 2011 

A falta de transporte foi apontada como um problema das cidades pequenas e no interior. Nas capitais, as principais razões para a não utilização do transporte público são a falta de conforto (19%), o longo tempo de locomoção (16%) e o alto custo (16%).

A pesquisa mostra ainda que, embora menos da metade dos brasileiros utilize um transporte público como principal meio de locomoção, a maioria necessita desse tipo de meio de maneira complementar.

O uso do transporte coletivo é mais intenso no Sudeste (71%) e menos intenso no Norte/Centro-Oeste (45%) e Sul (48%).

Os entrevistados avaliaram ainda a percepção negativa sobre o transporte utilizado. Ao todo, 33% afirmaram não perceber nenhum aspecto negativo, resposta mais usada pelos que utilizam automóvel da família para se locomover (62%). Já 20% responderam ser cansativo, 18% alegam ser muito lotado, e “É caro” e “Vou em pé” foram opções escolhidas, cada uma, por 11% dos brasileiros.

Ao todo, foram entrevistadas 2.002 pessoas com 16 anos ou mais. A margem de erro estimada da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.


A bicicleta pode ajudar a salvar vidas, diz estudo!

fonte: menos um carro


A bicicleta pode ajudar a salvar vidas, diz estudo
Os benefícios da utilização da bicicleta para a saúde dos cidadãos são muito superiores aos riscos de contaminação do ar e aos acidentes de viação, alertam os Investigadores doCentro de Investigação em Epidemiologia Ambiental (CREAL)de Barcelona num estudo pioneiro.

Segundo o site espanhol Ecomove que cita o estudo TAPAS – Transporte, Poluição do Ar e Actividades Físicas, coordenado pelo CREAL, o sistema público de aluguer de bicicletas de Barcelona, conhecido como Bicing, permitiu evitar por ano 12 mortes e reduzir a emissão de 9 mil toneladas de dióxido de carbono para a atmosfera.

Os resultados, publicados no British Medical Journal, basearam-se no estudo do impacto, para já, do Bicing – que conta actualmente com cerca de 6.000 bicicletas, 420 estações e 120.000 inscritos - na saúde dos cidadãos.

De referir que o serviço de aluguer de bicicletas é cada vez mais popular em Espanha, onde mais de 70 cidades já aderiram a este sistema. Entre elas destacam-se, para além de Barcelona, Bilbao, Córdoba, Gijón, San Sebastián, Santander, Sevilha, Valência e Saragoça.

“Ninguém dúvida que as políticas de transporte, que promovem a actividade física, são um bom meio para melhorar a saúde da população e reduzir os gastos com a saúde pública”, afirma Rojas-Rueda, investigador do CREAL e o principal autor do estudo referente a Barcelona, “que é o primeiro a quantificar o impacto da implementação dos serviços de aluguer de bicicletas na sáude dos cidadãos”.

Assim, de acordo com a investigação, 11% dos habitantes de Barcelona inscreveram-se no Bicing, em 2009, e 37% combinou o Bicing com outro meio de transporte nas suas deslocações para o trabalho ou a escola. Actualmente, o serviço regista uma distância média de utilização de 3,29 quilómetros e uma duração média de 14,1 minutos.

Tendo em conta estes dados, o investigador do CREAL alerta para o facto de “se poder melhorar estes números e aumentar os benefícios para a saúde dos cidadãos e para o meio ambiente”.

De salientar que o estudo conta ainda com a colaboração de outros centros de investigação de cidades como Basileia, Copenhaga, Paris, Praga e Varsóvia que irão analisar, até 2013, o impacto da implementação dos seus serviços de aluguer de bicicletas na saúde dos cidadãos e no ambiente. Entretanto, saiba mais no link sobre os resultados referentes a Barcelona.

Ford utiliza tecnologia da Fórmula 1 para cria bike elétrica


Matéria publicada em 22 de setembro de 2011
Bicicleta Elétrica
Imagem Divulgação
Componentes facilitam a forma de pedalar. Configurações do sistema podem ser alteradas usando um aplicativo para Android.
Até no mundo das bikes, a tecnologia está sendo, cada vez mais, empregada para que os ciclistas fiquem mais confortáveis e para que o jeito de pedalar fique fácil. A Ford também acredita nisso e entrou para a lista de montadoras de veículos a usar seus próprios conhecimentos para desenvolver bicicletas elétricas.
Porém, para essa bike, a Ford investiu em tecnologias da da Fórmula 1. Segundo anúncio no blog da empresa, a bicicleta possui sensores que identificam a força das pedaladas para que, automaticamente, varie a quantidade de energia elétrica utilizada.
Além disso, o sistema também ajuda nas curvas. Ao fazê-las, o sistema se ajusta para que o ciclista consiga manter o controle durante o percurso. O sistema utiliza variações no campo magnético ao redor dos sensores para funcionar. E existe até um aplicativo para Android, para que você ajuste as configurações do seu jeito.
A bike em si é feita de alumínio, fibra de carbono, possui design unissex, tem 11 velocidades na marcha Shimano, correia de carbono, freios a disco e chega a até 85 km/h com carga total. A Ford ainda não revelou detalhes sobre nome e data de lançamento. Já se sabe, no entanto, que a empresa está fazendo um aplicativo idêntico para o iPhone.
Fonte: Lemonblog

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Bote seu filho para pedalar

Por a vida como a vida quer

Postado em Saúde e Bem Estar no dia 26/09/2010 |


A “ordem” é do personal trainner Carlos Klein que me fez lembrar em seu post como eu mesma a-do-ra-va pedalar na infância. Quando tinha 9 anos, a idade do meu filho mais velho, ganhei uma bicicleta aro 20 (uma Cecizinha dourada, com cestinha) que me acompanhou em inúmeras aventuras!

Mas na minha infância ciclismo não era um esporte, era uma brincadeira e uma alternativa para deslocamentos. Ir à escola (como eu via nos filmes), pegar pão para a mãe na padaria, ir e voltar da casa do amigo numa tarde de brincadeiras, a magrela era companhia para quase todos os momentos.

Como cantava Simone (em música de Toquinho, na Caixa de Brinquedos),

Além da praticidade, há benefícios. Recente pesquisa publicada na revista oficial daAmerican College of Sports Medicine informa que crianças que se deslocam a pé para a escola são mais ativas fisicamente do que aqueles que usam outros modos de transporte (ônibus, metrô, carona no carro dos pais) e que as que vão pedalando são ainda mais saudáveis. Sei, cidades grandes (ou longas distâncias entre escola e a moradia) não permitem que este hábito seja possível em todas as famílias, mas que tal aproveitar o tema e tirar a magrela do seu filho (e a sua também) do depósito e pedalar em família no final de semana?

Pode ser que você se anime e, como antevia a canção de Toquinho, mude parte da rotina em nome da sustentabilidade, passando a usar bicicleta para outros trajetos fora do lazer ou da atividade física. Segundo li, “a entrada de pais e mães no circuito das bikes se deve à expansão das ciclovias (o crescimento foi de 70% – 430 quilômetros novos para bicicletas) e à proliferação dos passeios para ciclistas amadores (no ano passado foram 97 encontros), conforme mostram dados do estudo inédito divulgado pelo Departamento Nacional de Trânsito com informações sobre 65 parques públicos do país.

(No meu caso, confesso, as ciclovias paulistanas aumentam, mas ainda estão longe da minha casa… mas nem por isso eu deixo de achar bons motivos para andar de bicicleta)

Reprodução de site da revista Época.

E a magrela de hoje não é a mesma da nossa infância. Tem muito mais além das duas rodas e o guidão. Você pode escolher entre as mountain bikes (mais versáteis porque encaram terrenos de terra, asfalto e subidas acentuadas), de passeio (para pedaladas leves em terrenos planos, mais confortáveis por conta do guidão alto e banco largo) e as speeds (para quem tem experiência em ciclismo e pretende guiar em velocidade). E como tem acessórios: além dos indispensáveis capacete e da garrafinha de água (recomenda-se beber meio litro a cada meia hora de pedalada), há o bagageiro, para o lanche do piquenique, e o pisca-pisca traseiro, para quem trafega entre carros, as luvas e o farol – sem falar na cadeirinha para crianças, que os pais de crianças pecorruchas adoram.

O que conta é ensinar e incentivar as crianças a terem uma vida mais ativa. As crianças precisam ser ativas e devem aprender na infância como permanecer saudável, insistem os especialistas. Incentivá-los andar a pé ou de bicicleta é uma grande oportunidade para ajudar a conseguir isso.


Brasil lidera a lista de países com o maior número de acidentes de trânsito do mundo

Via Portal do Transito

O principal fator para este número é a relação álcool e direção.

A combinação álcool e outras drogas resultam em diversos perigos para a saúde como o aumento de danos cerebrais, riscos ao fígado, exposição sexual de risco, além, claro, da violência. O Brasil lidera a lista de países com o maior número de acidentes de trânsito do mundo, com um milhão por ano, resultando em 300 mil vítimas. O principal fator para este número é a relação álcool e direção.

“52% dos brasileiros bebem e aproximadamente 24% bebem de forma preocupante. O uso do álcool está associado claramente a acidentes e violência interpessoal. Nenhuma outra droga produz quadro tão amplo e significativo”, afirma o Dr. Carlos Salgado, psiquiatra do Hospital Mãe de Deus de Porto Alegre e conselheiro da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (ABEAD).

Tabaco e álcool são as drogas mais consumidas no Brasil, seguido por medicamentos e maconha. “É importante reforçar que as drogas mais importantes para prevenção e tratamento ainda são o tabaco e o álcool e que cabe também aos pais a tarefa de dizer não ao uso de tabaco e álcool por menores”, revela.

Em muitos casos, o uso precoce, a disponibilidade, o fácil acesso as drogas, a negligência de pais e autoridades são fatores que se associam a dependência dos usuários. Esta dependência gera alterações no comportamento dos usuários. “Mudanças na conduta, humor, indisposição para estudo e trabalho, abandono de atividades habitualmente prazerosas, entre outros. Urgência do uso ou fissura é outro sintoma de dependência”, completa.

Para o tratamento destes vícios, o auxílio da família é fundamental para um final feliz. “Mais do que no tratamento, a família também tem importância na prevenção. Um tratamento para dependentes químicos com participação da família tem chance muito maior de sucesso” conclui.

Tabaco: principal causa de morte evitável

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo é a principal causa de morte evitável em todo o mundo, além, de proporcionar sérios riscos e transtornos a saúde. Esta droga em conjunto com o álcool, é responsável por doenças como câncer na cabeça, de pescoço, estômago e bexiga.

Para o Dr. Carlos Salgado, o Brasil está progredindo em relação ao combate contra esta droga. “O Brasil está progredindo na questão do tabaco. É modelo internacional na redução no número de usuários pela política restritiva, que inclui proibição de propaganda fora dos pontos de venda e restrição ambiental para a fumaça”, afirma.

Deixar este vício diminui riscos de doenças e aumenta a qualidade de vida. “Parar de fumar poupa esforço cardíaco, pulmonar e reduz risco de câncer de cabeça, pescoço, trato digestivo e bexiga. Melhora a nutrição da pele, rejuvenescendo o usuário. Aumenta o fôlego e disposição para exercícios”, completa.

Fonte: Bondenews


sábado, 25 de fevereiro de 2012

Ciclovia, ciclofaixa, ciclorrota e espaço compartilhado


Ciclovia em Sevilha, isolada por pequenos postes de metal. Foto: Sevilla Cycle Chic


Muito tem se falado sobre ciclovia, ciclofaixa, ciclo-rota… Mas qual a diferença?

Ciclovia

É um espaço segregado para fluxo de bicicletas. Isso significa que há uma separação física isolando os ciclistas dos demais veículos. A maioria das ciclovias de orla de praia são exemplos de vias segregadas.

Essa separação pode ser através de mureta, meio fio, grade, blocos de concreto ou outro tipo de isolamento fixo. A ciclovia é indicada para avenidas e vias expressas, pois protege o ciclista do tráfego rápido e intenso.

Por estranho que possa parecer, a ciclovia do Parque do Ibirapuera pode ser considerada uma ciclofaixa. Foto: Willian Cruz

Ciclofaixa

É quando há apenas uma faixa pintada no chão, sem separação física de qualquer tipo (inclusive cones ou cavaletes). Pode haver “olhos de gato” ou no máximo os tachões do tipo “tartaruga”, como os que separam as faixas de ônibus.

Indicada para vias onde o trânsito motorizado é menos veloz, é muito mais barata que a ciclovia, pois utiliza a estrutura viária existente.

Dada essa definição, a ciclovia do Parque do Ibirapuera é tecnicamente uma ciclofaixa, já que não há separação física entre o espaço reservado às bicicletas e o resto da via, mesmo que lá não circulem carros.

Ciclo-rota é um caminho mapeado ou sinalizado para ajudar no deslocamento dos ciclistas. Foto: Willian Cruz

Ciclorrota

De uso mais recente, o termo ciclorrota (ou ciclo-rota) significa um caminho, sinalizado ou não, que represente a rota recomendada para o ciclista chegar onde deseja. Representa efetivamente um trajeto, não uma faixa da via ou um trecho segregado, embora parte ou toda a rota possa passar por ciclofaixas e ciclovias.

As Ciclorrotas do Brooklin, Lapa e Mooca, em São Paulo, são exemplos dessa infraestrutura, que está contida em um tipo de implementação mais abrangente chamado Bicycle Boulevard. Entenda aqui.

Foi realizado na cidade de São Paulo um mapeamento de rotas para ciclistas, que tem servido de base para as ciclorrotas mais recentes. Recomendo a leitura deste artigo para compreender melhor o mapeamento e como foi feito. Este outro explica a importância de sinalizar essas rotas.

Ciclofaixa de Lazer, uma "ciclovia operacional". Foto: Willian Cruz

Ciclovia operacional

Faixa exclusiva instalada temporariamente e operada por agentes de trânsito durante eventos, isolada do tráfego dos demais veículos por elementos canalizadores removíveis, como cones, cavaletes, grades móveis, fitas, etc.

As Ciclofaixas de Lazer, montadas aos domingos em várias cidades, são tecnicamente ciclovias operacionais, já que são temporárias e têm sua estrutura removida após o término do evento semanal.

Ciclista compartilhando a via na Av. Paulista. Foto: Mathias

Espaço compartilhado

O tráfego de bicicletas pode ser compartilhado tanto com carros quanto com pedestres. Mas vamos nos ater ao compartilhamento da via com os veículos motorizados, pois essa é a grande luta dos cicloativistas hoje.

Pela lei, quando não houver ciclovia ou ciclofaixa, a via deve ser compartilhada (art. 58 do Código de Trânsito). Ou seja, bicicletas e carros podem e devem ocupar o mesmo espaço viário. Os veículos maiores devem prezar pela segurança dos menores (art. 29 § 2º), respeitando sua presença na via, seu direito de utilizá-la e a distância mínima de 1,5m ao ultrapassar as bicicletas (art. 201), diminuindo a velocidade ao fazer a ultrapassagem (art. 220 item XIII).

Mesmo tudo isso estando na lei, muitas pessoas ainda acreditam que a bicicleta não tem direito de utilizar a rua. E são essas pessoas que colocam o ciclista em risco, passando perto demais, buzinando e até mesmo prensando o ciclista contra a calçada. Também não compreendem o ciclista que ocupa a faixa, sendo esse o comportamento mais seguro (erecomendado pela CET – Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo), pois dessa forma a bicicleta trafega como o veículo que é, ocupando o espaço viário que lhe é de direito.

Fazer entender que a rua é de todos, que o espaço público deve ser compartilhado, que as bicicletas também transportam pessoas que têm família, amigos, filhos, amores, é hoje muito mais importante que exigir ciclovias aqui e ali, que só serão úteis dentro de um plano cicloviário completo e integrado abrangendo toda a cidade, contemplando ciclovias, ciclofaixas, espaços compartilhados com carros ou com pedestres e ciclo-rotas sinalizadas.

O que mais precisamos é respeito