A “ordem” é do personal trainner Carlos Klein que me fez lembrar em seu post como eu mesma a-do-ra-va pedalar na infância. Quando tinha 9 anos, a idade do meu filho mais velho, ganhei uma bicicleta aro 20 (uma Cecizinha dourada, com cestinha) que me acompanhou em inúmeras aventuras!
Mas na minha infância ciclismo não era um esporte, era uma brincadeira e uma alternativa para deslocamentos. Ir à escola (como eu via nos filmes), pegar pão para a mãe na padaria, ir e voltar da casa do amigo numa tarde de brincadeiras, a magrela era companhia para quase todos os momentos.
Como cantava Simone (em música de Toquinho, na Caixa de Brinquedos),
Além da praticidade, há benefícios. Recente pesquisa publicada na revista oficial daAmerican College of Sports Medicine informa que crianças que se deslocam a pé para a escola são mais ativas fisicamente do que aqueles que usam outros modos de transporte (ônibus, metrô, carona no carro dos pais) e que as que vão pedalando são ainda mais saudáveis. Sei, cidades grandes (ou longas distâncias entre escola e a moradia) não permitem que este hábito seja possível em todas as famílias, mas que tal aproveitar o tema e tirar a magrela do seu filho (e a sua também) do depósito e pedalar em família no final de semana?
Pode ser que você se anime e, como antevia a canção de Toquinho, mude parte da rotina em nome da sustentabilidade, passando a usar bicicleta para outros trajetos fora do lazer ou da atividade física. Segundo li, “a entrada de pais e mães no circuito das bikes se deve à expansão das ciclovias (o crescimento foi de 70% – 430 quilômetros novos para bicicletas) e à proliferação dos passeios para ciclistas amadores (no ano passado foram 97 encontros), conforme mostram dados do estudo inédito divulgado pelo Departamento Nacional de Trânsito com informações sobre 65 parques públicos do país.
(No meu caso, confesso, as ciclovias paulistanas aumentam, mas ainda estão longe da minha casa… mas nem por isso eu deixo de achar bons motivos para andar de bicicleta)
E a magrela de hoje não é a mesma da nossa infância. Tem muito mais além das duas rodas e o guidão. Você pode escolher entre as mountain bikes (mais versáteis porque encaram terrenos de terra, asfalto e subidas acentuadas), de passeio (para pedaladas leves em terrenos planos, mais confortáveis por conta do guidão alto e banco largo) e as speeds (para quem tem experiência em ciclismo e pretende guiar em velocidade). E como tem acessórios: além dos indispensáveis capacete e da garrafinha de água (recomenda-se beber meio litro a cada meia hora de pedalada), há o bagageiro, para o lanche do piquenique, e o pisca-pisca traseiro, para quem trafega entre carros, as luvas e o farol – sem falar na cadeirinha para crianças, que os pais de crianças pecorruchas adoram.
O que conta é ensinar e incentivar as crianças a terem uma vida mais ativa. As crianças precisam ser ativas e devem aprender na infância como permanecer saudável, insistem os especialistas. Incentivá-los andar a pé ou de bicicleta é uma grande oportunidade para ajudar a conseguir isso.
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