quarta-feira, 28 de março de 2012

Contrail: Pedal e cor para as ruas da cidade

fonte: blog Coral
Publicado em 23 de março de 2012

Por Carol Moré, do Follow the Colours
Andar de bicicleta já é divertido. Imagine, então, pedalar e ainda poder colorir o chão por onde você passa? Essa foi exatamente a ideia do pessoal do Studio Gelardi de NY, com o projeto Contrail de arte pública. Enquanto você passeia com a sua bike, a roda traseira vai deixando um rastro de pó de giz de várias cores. Além de ser muito legal, o Contrail ajuda a tornar o ciclismo mais seguro: a trilha diz “aqui passou uma bicicleta, logo, pode passar outra, preste atenção.” Adoramos a ideia!
ContrailContrailContrailContrail
Contrail
Imagens: Contrail
Fonte: Cool Hunting

Projeto de Lei do Plano Municipal da Juventude de Guarulhos

Segue projeto de lei apresentado no dia 22 de Março, no Paço Municipal da Prefeitura de Guarulhos, para representantes do Poder Executivo e Legislativo!

Lembrando que esse projeto de lei sera entregue oficialmente na Camara do Vereadores, em data ainda não confirmada, para se que cumprido todo processo legislativo!



PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARULHOS

PROJETO DE LEI Nº/2012 

Aprova o Plano Municipal de Juventude de Guarulhos, Município de São Paulo, na forma que indica e dá outras providências. 


O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE GUARULHOS, no uso de suas atribuições legais. Faço saber que a CÂMARA MUNICIPAL DE GUARULHOS aprovou e eu sanciono a seguinte Lei: 

Art. 1º- Fica aprovado o Plano Municipal de Juventude, constante da presente Lei Municipal, destinado a orientar as políticas públicas desenvolvidas pelo Município voltadas aos jovens com idade entre 15 (quinze) e 29 (vinte e nove) anos. 

Art. 2º - O Plano Municipal de Juventude reger-se-á pelos objetivos, diretrizes gerais,prioridades, eixos orientadores, diretrizes específicas e ações programáticas estabelecidos nesta Lei. 

Parágrafo Único - O Plano Municipal de Juventude deverá constar como umasdas diretrizes do Plano Plurianual (PPA) do município, contados a partir da publicação desta Lei. 

Art. 3º - O Plano Municipal de Juventude será implementado de acordo com os seguintes eixos orientadores da 2a. Conferência Nacional da Juventude realizada no ano de 2011 e suas respectivas diretrizes específicas: 

I - Eixo Orientador I: Desenvolvimento Integral da Juventude: 

a) Diretriz 1: Proporcionar a expansão do acesso a internet com a perspectiva de universalização da banda larga e estimular a criação de coletivos digitais de juventude; 

b) Diretriz 2: Planejar e promover festivais de música e cultural. Respeitando a sua diversidade e com vista a cultura de rua, respeitando as expressões escritas, manifestações artísticas, liberdade de expressão, contemplando a arte contemporânea e interagindo com os elementos do hip-hop; 

c) Diretriz 3: Prevê a construção de pista de skate conforme estabelecida em lei, com a participação dos skatistas organizados. 

d) Diretriz 4: Criar mais universidades públicas - garantindo o direito de acesso à universidade pública com cotas raciais, para estudantes oriundos de ensino público e de cursinhos comunitários, com mais diversidade de cursos e priorizando o curso de medicina. 

II - Eixo Orientador II: Direito ao Território: 

a) Diretriz 1: Transporte público de qualidade – garantindo o direito a meia passagem para estudante de cursinhos comunitários e jovens até 29 anos, negociando com o governo estadual e a União a sua expansão no transporte estadual e intermunicipal; Dialogar e planejar o passe livre para todos os estudantes das redes de ensino público e de cursinhos comunitários. 

b) Diretriz 2: Propor e expandir na política municipal de mobilidade urbana a criação de bicicletários gratuitos que se integrem ao transporte público e a ampliação de ciclovias de lazer e de circulação diária e que integrem um Plano Cicloviário Municipal. 

III - Eixo Orientador III: Direito a Experimentação e à Qualidade de vida: 

a) Diretriz 1: Implantação de centros de reabilitação para atender a demanda de usuários de álcool e drogas na cidade públicos ou em parceria com vistas à fiscalização das autoridades competentes. 

IV - Eixo Orientador IV: Direito a Diversidade e a vida Segura: 

a) Diretriz 1: Garantir a participação de jovens com deficiência nas conferências e nos espaços de participação levando em consideração cada tipo de necessidade; 

b) Diretriz 2: Implantação na rede pública municipal de ensino da lei 10.639/ 03, que torna obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira em todas as escolas brasileiras, públicas e particulares, do ensino fundamental até o ensino médio. E a inclusão do dia da Consciência Negra no calendário escolar. 

c) Diretriz 3: Implantar sistemáticas de formação de Direitos Humanos para os agentes de segurança pública do município; 

c) Diretriz 4: Dialogar e planejar ações com vista em diminuir a rivalidade entre os jovens e promover uma cultura de paz. 

V - Eixo Orientador V: Direito a Participação: 

a) Diretriz 1: Manter diálogo com a juventude através dos mecanismos democráticos e de participação popular. Que garantam a participação da juventude na elaboração das politicas públicas por meio de plenárias participativas de jovens; 

b) Diretriz 2: Descentralizar territorialmente a Conferência de Juventude; 

c) Diretriz 3:Transformar a Coordenadoria da Juventude em Secretaria Municipal e implantar mais Centros de Referência de Juventude no Município; 

Art. 4º - O Município procederá, em articulação com o Governo do Estado de São Paulo e Governo Federal, bem como com as organizações juvenis da sociedade civil municipal e, especialmente, por meio do Conselho Municipal de Juventude, as avaliações periódicas da implementação do Plano Municipal de Juventude. 

Parágrafo Único - A primeira avaliação realizar-se-á até o segundo ano de vigência desta Lei,cabendo ao Poder Executivo, juntamente com as organizações juvenis da sociedade civil, reunidos em conferência Municipal, aprovar medidas que aprimorem as diretrizes e políticas em vigor. 

Art. 5º - Caberá ao Poder Executivo, por meio da Coordenadoria Municipal de Políticas para a Juventude e conjuntamente ao Conselho Municipal de Juventude – COMJUVE, elaborar o Plano de Ações que deve incorporar-se ao Plano Plurianual do município de Guarulhos (2013-2017) a ser homologado por ato do Exmo. Sr. Prefeito, com vistas ao cumprimento dos propósitos estabelecidos pelo Plano Municipal de Juventude. 

Art. 6º - A Coordenadoria Municipal de Políticas para Juventude em conjunto com a Secretaria Municipal de Governo promoverá a coordenação inter setorial do poder executivo municipal com os demais órgãos e entidades da administração pública municipal, demais entidades ligadas à área governamental, no município e fora dele, com a sociedade civil e suas instituições para o estabelecimento de estratégias comuns de implementação dos projetos prioritários do Plano Municipal de Juventude. 

Art. 7º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação. 

Art. 8º. Revogam-se as disposições em contrário.

(Estamos acompanhando)


Bicicletas Roda Fixa



segunda-feira, 19 de março de 2012

Município de Praia Grande tem a maior malha cicloviária do Estado de São Paulo

fonte: mobilize


Postado em12 de março de 2012  |  FonteA Tribuna On-line
A nova ciclovia de Praia Grande
A nova ciclovia de Praia Grande
créditos: Divulgação
Com o término de um trecho da segunda etapa de remodelação da Avenida Presidente Kennedy, a cidade passa ter 78,9 km de ciclovias. 

Segundo dados da Associação Brasileira de Ciclistas, Praia Grande está no topo do ranking dos municípios com maior malha cicloviária no Estado de São Paulo. A segunda cidade do Estado, em quantidade de ciclovias, é Sorocaba, com quase 70 km de extensão.



A secretaria de Trânsito e Transporte do município prevê novas melhorias no setor durante o ano. Bicicletários devem ser implantados ao longo das principais vias e a ciclovia da Avenida Ayrton Senna da Silva será remodelada.

De acordo com dados da secretaria estadual de Transportes Metropolitanos, até o ano de 2009, 92.573 pessoas possuíam bicicletas em Praia Grande. Deste total, estima-se que cerca de 60 mil utilizem o veículo como principal meio de transporte.

Desde a implantação das ciclovias, o número de acidentes envolvendo bicicletas caiu aproximadamente 30%. Passando de 258, em 2004 (ano que foi realizado o primeiro levantamento sobre o tema), para 179, em 2010.

Ciclofaixa é atração dominical da cidade

Comentário: Wagner Hosokawa, Coordenador de Juventude da Prefeitura de Guarulhos - SP/BR

"Quando propus a Bicicletada da Juventude em 2011, o Tiago Soares abraçou a idéia e organizamos junto com o Movimento Ciclista Alvorosso (Péricles Moreira), e no 1. de Maio realizamos a Bicicletada com mais de 800 ciclistas em parceria com a Secretaria de Transportes e Trânsito (STT). Agora juntos, STT e Coordenadoria da Juventude, realizamos a Ciclovia de Lazer e caminharemos para a 2. Bicicletada da Juventude. Parabéns Prefeito Almeida que sempre nos dá a direção para melhor atender a população!"



fonte: Folha Metropolitana
18 de março de 2012 - 10:11


Em quatro meses de atividade, a Ciclofaixa Paulo Faccini é foco de diversão de crianças, adultos e famílias inteiras aos domingos. No último fim de semana, a Folha Metropolitanaverificou o percurso de quase 7 km, conversou com usuários e com prestadores de serviços. 

Ainda sem números oficiais de circulação, é possível notar que o percurso entre as avenidas Paulo Faccini e Bartolomeu De Carlos (no retorno após a Benjamin Harris Hunnicutt) é tomado de bicicletas. A maioria dos ciclistas é composta de pais com filhos pequenos.


O arquiteto Fausto Reche levava o filho Pedro, de 3 anos. “Vou comprar uma para ele também”, disse Reche. O menino estava preso à cadeirinha e de capacete. O uso dos equipamentos é uma das recomendações da Blitz Amigos do Trânsito em Ação. A iniciativa é uma parceria com a Prefeitura. 

São seis coordenadores e 29 orientadores que auxiliam ciclistas, motoristas e pedestres, disse o coordenador Fabio Aparecido da Silva. O orientador Lucas Torres comentou que às vezes as pessoas entendem mal as orientações. O trajeto conta ainda com 22 agentes de segurança. São duas viaturas da Guarda Civil Municipal e seis agentes da Ronda Bike. Apesar disso, a reportagem flagrou skatistas, patinadores e corredores invadirem o percurso.

Serviço - A Ciclofaixa Paulo Faccini opera aos domingos, das 7h às 16h. A Prefeitura de Guarulhos, por intermédio da Escola Pública de Trânsito, oferece aulas gratuitas de bicicleta para todas as idades aos sábados, entre 9h e 10h. A Escola fica no Parque Julio Fracalanza, na Rua Joaquim Miranda, 471, Vila Augusta. A inscrição pode pelos telefones (11) 2425-1743 ou 2414-2050. Neste mês, a Secretaria de Transportes e Trânsito (STT) sorteia dez capacetes por domingo no Bosque Maia. A inscrição é realizada em uma barraca dentro do parque. 

Aluguéis de magrelas e ‘familyciclo’ 

Próximo do portão da Paulo Faccini do Bosque Maia, Valdomiro Manoel da Silva estaciona o caminhão, instala as duas barracas do ‘Aluguel de Bikes’ e alinha cerca de 150 bicicletas. Em média, um terço é alugada. Os custos variam R$ 6 a R$ 25 por hora. As bicicletas com mais lugares são as mais caras. 

“Nós queremos uma licitação para um bicicletário. É mais seguro do que ficar carregando as bicicletas todo o domingo”, disse Silva. 

Oportunidade para bico – Na Praça Alan Kardec, Clécio Antonio Rodrigues Borges, o Squash, faz pequenos consertos, aproveitando a demanda. 

“Ninguém faz esse serviço. Ele é o anjo da guarda da bicicleta”, disse a aposentada Cleyde Fonseca Santovito. Na ocasião, Squash remendava um furo na bicicleta de Cleyde. 

Licitação

Conforme a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (STT), a Pasta está iniciando processo de licitação que determinará uma empresa para alugar bicicletas. Segundo a assessoria, como o processo está no começo, a Pasta irá divulgar posteriormente mais detalhes sobre exigências eprazos estabelecidos ao vencedor da licitação. 

Mesmo com faixa reservada, há queixas 

Instalado nas principais vias da cidade, o percurso da ciclofaixa é cercado por grande fluxo de veículos. Para alguns usuários, o convívio oferece risco constante. 

“Às vezes, os carros superam a velocidade [permitida]”, disse o bancário Rafael Pereira. Ele passeava junto com a mulher, a estagiária Fabiana Dametto, e os três filhos, Vitor, 10, Melissa, 8, e Rafael, 4. 

Para fugir do perigo, a empresária Claudia e o engenheiro Sérgio Lumelino orientam a filha Caroline, 9, a circular próximo ao meio-fio. “Ela pode se desequilibrar e ir para a pista”, disse Claudia. Para Vitor, o problema é outro. 

“A minha maior dificuldade é a subida ali na frente”, respondeu ao ouvir a pergunta feita aos pais sobre as principais dificuldades enfrentadas. 

Prefeitura pretende ampliar trajeto 

O gerente de educação para o trânsito, Luís Auada, afirmou que o município está em busca de patrocinadores para a ciclofaixa. As empresas patrocinadoras serão responsáveis por cuidar da operacionalização. 

A gerência desenvolveu ainda um manual para o ciclista e uma logomarca para a ciclofaixa. “A gente aguarda a aprovação da Prefeitura”, disse Auada. Há estudo também para estender o percurso para 12 km. 

Para ampliar a divulgação e uso da ciclofaixa, a Prefeitura promove a 2ª Bicicletada da Juventude no dia 1º de abril. A concentração será em frente do portão principal do Bosque Maia, às 9h. As inscrições podem ser feitas aos domingos no bosque ou pelo site da Prefeitura.


Participação Cidadã


Estamos acompanhando!



quinta-feira, 8 de março de 2012

Ciclovias no Plano Municipal da Juventude de Guarulhos

Salve galera!

Ótimas noticias eu trago a vocês!


Do dia 27 de Fevereiro a 1 de Março, a Prefeitura de Guarulhos, por meio da Coordenadoria da Juventude, realizou na cidade as Plenárias de construção do Plano de Políticas Publicas para a Juventude.

Dia 29/02/12, na 3ª Plenária, representantes do Movimento Ciclista ALVOROSSO conseguiram eleger a construção de ciclovias na cidade!


Isso demonstra que melhor mobilidade e qualidade vida é uma demanda real na cidade e, demonstra também, que estamos organizados!

Parabéns à essas seres humanos que fazem o nosso sonho se tornar realidade!

Vamos compartilhar as vias para a real qualidade de vida! E estamos acompanhando! A entrega do Plano ao Prefeito Sebastião Almeida esra prevista para o dia 22 de Março no Paço Municipal!



Veja o Coordenador de Juventude Wagner Hosokawa pronunciando as prioridades escolhidas!



Secretaria emite licença prévia para a primeira estrada com ciclovia de SP

fonte: mobilize
Autor: José Maria Tomazela | Postado em: 08 de março de 2012 | Fonte: O Estado de S.Paulo

Pista exclusiva para bicicletas vai ocupar uma faixa lateral da rodovia SP-79, entre Itu e Sorocaba

A Secretaria Estadual do Meio Ambiente emitiu licença prévia para a duplicação da SP-79, entre Itu e Sorocaba, conhecida como Estrada Velha de Itu. É a primeira rodovia paulista a ter incluída no projeto uma ciclovia. A pista exclusiva para bicicletas vai ocupar uma faixa lateral da rodovia. A extensão total da estrada é de 39 quilômetros, mas 15 km já estão duplicados no município de Sorocaba - da área urbana até o bairro do Éden. Nesse trecho, a prefeitura fará a ciclovia.

De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), o projeto executivo prevê a duplicação do km 47,5 ao 70,8, com a construção de ciclovia a partir do km 48,1 até o final. Também serão construídos dois viadutos, além de pontes e dispositivos de retorno. A obra está orçada em R$ 119 milhões e a previsão é de que seja licitada em abril. O prazo de conclusão é de 18 meses.

A ciclovia vai cortar os distritos industriais das duas cidades e a expectativa é de que estimule o uso de bicicletas pelos trabalhadores, desafogando o trânsito. Sorocaba tem uma rede cicloviária de 76 km que já interliga as principais regiões da cidade. Em Itu, a estrada com ciclovia passa também por bairros populosos na região de Pirapitingui. A prefeitura da cidade também deu início a um plano cicloviário, interligando-se com a vizinha Salto. Com a conclusão do projeto, as ciclovias interligadas vão somar cerca de 150 km nas três cidades.

Por que 1,5m ao ultrapassar ciclista? Tem espaço pra isso?

fonte: vá de bike

Art. 201. Deixar de guardar a distância lateral de um metro e cinqüenta centímetros ao passar ou ultrapassar bicicleta: Infração - média; Penalidade - multa.
Não é à toa que a lei obriga o motorista passar a 1,5m de uma bicicleta (art.201 do Código de Trânsito). Essa distância toda tem seus motivos, embora nem sempre sejam claros para quem ainda não experimentou usar a bicicleta no trânsito.
Este artigo tenta esclarecer ao amigo motorista o motivo para essa distância e responder a algumas dúvidas comuns a quem dirige.
A distância que protege
Se você analisar com calma as regras estipuladas pelo Código de Trânsito Brasileiro, perceberá que ele visa fundamentalmente proteger a vida de quem utiliza as ruas, sejam eles motoristas, motociclistas, ciclistas, pedestres ou mesmo carroceiros. E é nesse sentido que foi estipulada a regra do metro e meio.
Um leve toque de retrovisor no guidão fará com que ele vire para a direita, desequilibrando o ciclista para a esquerda e fazendo com que ele caia na via em meio aos carros. Se o próprio carro que o tocou não passar por cima de um braço ou perna, o que vier atrás pode passar por cima de sua cabeça. Você, motorista, não vai querer viver com essa culpa, certo?
E nem é preciso esbarrar no ciclista. O susto do carro muito próximo ou muito rápido, ou até seu deslocamento de ar quando em alta velocidade, podem derrubá-lo da mesma forma. Principalmente um ciclista iniciante ou idoso. E é por isso que ao art. 220 do CTB pede que o motorista reduza ao ultrapassar uma bicicleta.
Há vários motivos para ultrapassar a uma distância segura: o ciclista pode ter que desviar de um buraco (porque se não desviar, corre risco de cair na via); pode ter um desequilíbrio momentâneo que altere sua trajetória um pouco para o lado; o deslocamento de ar do veículo pode desequilibrá-lo; o espaço para ultrapassagem pode ser mal calculado e o retrovisor tocar o guidão.
Como cumprir se não há espaço?
Realmente não há espaço para caber a bicicleta, mais um metro e meio, mais um carro numa faixa de rolamento. Mas a resposta é bastante simples: basta mudar de faixa. Se não houver uma segunda faixa, aguardar para fazer uma ultrapassagem segura, que não coloque em risco o ciclista.
Note que o procedimento acima é exatamente o que seria feito com qualquer outro veículo lento, como um ônibus ou caminhão, que estivesse ocupando a faixa toda. Esses veículos ocupam mais espaço que o ciclista, podem trafegar até mais devagar no caso dos caminhões ou parar o tempo todo no caso dos ônibus, mas têm seu direito de circulação respeitado. O ciclista, frágil e exposto, precisa de um respeito ainda maior.
Lembre-se que a bicicleta, apesar de trafegar mais devagar, nao está parada. Ela logo sairá do ponto onde está, permitindo a ultrapassagem. Geralmente isso leva poucos segundos – um atraso irrelevante, para proteger uma vida.
Como saber se estou a 1,5m?
A porta aberta do seu carro provavelmente ocupa cerca de 1m além da lateral de seu carro. Imaginar uma distância equivalente a um pouco mais que essa porta aberta pode servir como referência.
O importante não é manter exatamente 150 centímetros, medido ali na régua, mas guardar uma distância que lhe permita evitar ser tocado pelo ciclista no caso dele desviar sem aviso de algo que lhe colocou em risco, ou se desequilibrar no momento em que você estiver passando ao lado dele.
E se o ciclista estiver bem no cantinho?
Muitos motoristas rejeitam guardar a distância adequada, por terem se acostumado a ultrapassar sem mudar de faixa os ciclistas que trafegam colados ao meio-fio, sobre a sarjeta. Mas são justamente esses que correm mais risco, pois o pavimento nessa área da via é muito irregular e esburacado.
O ciclista colado ao meio-fio corre mais risco de desequilibrar-se ou avançar para dentro da via sem aviso. Nesse caso, um carro ocupando a faixa normalmente o derrubaria na calçada, por estar muito próximo, sem que o motorista tenha alterado em nada sua trajetória. E acredite, isso é mais comum do que você imagina.
Por que tem ciclista que fica no meio da rua?
Ao ocupar um espaço maior da faixa, o motorista tende a aguardar um momento em que possa ultrapassar com segurança.
Trafegar junto ao meio-fio estimula ao motorista a utilizar a mesma faixa, deixando de guardar a distância lateral mínima, por ter a sensação de que a pista está livre e pode ser utilizada. Por isso, ciclistas experientes ocupam a faixa, como recomendado pela Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET).
É uma maneira de tentar fazer com que o motorista mude de faixa para ultrapassar e ao mesmo tempo garantir um espaço de fuga para a direita caso se sintam em risco. Entenda melhor aqui.
Pode parecer antipático para alguns, mas é uma maneira eficiente do ciclista garantir sua segurança. E, se o motorista já teria que avançar para a faixa ao lado para garantir a distância lateral adequada, na prática não causa nenhum impacto adicional na ultrapassagem.
Divulgue e colabore com uma cidade mais humana!
Muitas das pessoas que colocam o ciclista em risco o fazem sem perceber, porque a dinâmica de espaço entre os carros é diferente. Com pessoas, é preciso mais cuidado: além de não ter carroceria para protegê-las, elas nem sempre seguem uma trajetória retilínea e podem se assustar com a proximidade de um veículo maior.
Agora que você já sabe, lembre-se disso quando passar por um ciclista nas ruas. E explique a seus amigos. Uma cidade melhor para todos depende de cada um de nós.

Os ‘bikeboys’ ganham as ruas de São Paulo

fonte: carta capital
27.02.2012 14:29



Quatro empresas de entregas por bicicletas são uma alternativa aos mais de 200 mil motoboys da capital paulista. Foto: Alessandro Shinoda/Folhapress
Vistos de longe são uma multidão sem rosto. Escondidos sob capacetes e jaquetas escuras, eles lotam os menores espaços entre os carros e saem costurando o trânsito com pressa. Alguns não fogem de uma briga e não demonstram o menor remorso ao arrancar retrovisores no trânsito apertado de São Paulo. Pertencem a uma categoria de trabalhadores que vivem sempre sob pressão, aparecem nas estatísticas com dois mortos por dia e estão entre os que mais sofrem com a poluição do ar. Talvez por isso muitos se autodenominem: “vida louca”. São os motoboys, que no Brasil já somam 1 milhão de profissionais.


O serviço, que é combustível para esse mercado gigantesco que movimenta só em São Paulo cerca de 1 bilhão de reais por ano, são as entregas, desde pizza até produtos vendidos na internet. Pensando nisso, dois jovens empresários de 30 anos resolveram testar um novo modelo de negócio e trocaram a moto por bicicletas. “Queríamos ter um produto no qual quanto mais vendêssemos, mais estivéssemos contribuindo para o meio ambiente. Diferente de apenas compensar emissões do tipo ‘compre uma tevê e nós plantamos uma árvore pra você’”, diz Rafael Mambretti, sócio fundador da Carbono Zero Courier.

A empresa surgiu em 2010 e tem hoje 23 entregadores que prestam serviço em toda grande São Paulo. “Já fizemos entrega até no aeroporto de Guarulhos”, diz Mambretti. A valor do frete é cerca de 30% mais barato do que o cobrado pelas empresas de motoboy e, em alguns casos, mais rápido. “Temos uma vantagem competitiva que é o fato de podermos descer da bike e andar na calçada atravessando uma rua na contramão, ou utilizar caminhos alternativos cortando parques. A bicicleta te dá uma grande mobilidade, o que ajuda muito na hora de traçar a rota”.

Fazer entregas de bicicleta é algo tão antigo quanto o próprio veículo, que começou a ser produzido em série em 1875 na França. Mas o fato é que, até pouco tempo atrás, contrapor motos com bicicletas como alternativa viável no trânsito de São Paulo era algo impensável. Hoje, essa já é uma tendência em capitais como Nova York, Paris e Londres. Na capital paulista, como o crescimento desse novo mercado, temos a chance de mitigar os problemas de um setor extremamente problemático e poluidor da sociedade.

O mercado de moto-entrega surgiu nos anos 80 e se expandiu com a onda de terceirização de serviços. Em São Paulo cresceu exponencialmente na década passada, sem planejamento, com muita desordem e com representatividade confusa – atualmente dois sindicatos disputam a legitimidade da categoria: o Sindicato dos Trabalhadores Motociclistas de São Paulo e o Sindicato dos Mensageiros Motociclistas do Estado de São Paulo. Ao todo, são mais de 200 mil motos registradas apenas nessa última entidade.

Além do perigo, o trabalho de motoboy contribui com o caos no trânsito e com a poluição atmosférica. Dados do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores), braço do Ibama, mostram que mesmo em números absolutos uma moto gera mais poluição do que um carro ou um ônibus. Esse número dispara se considerados os dados por pessoa no trânsito, pois uma moto transporta no máximo duas pessoas. Junte-se a isso as mortes e acidentes no trânsito.

Todas as empresas de bike courier de São Paulo convivem com uma enorme demanda de serviço e um baixíssimo investimento em marketing e divulgação. “Trabalhamos muito para que isso não aconteça, mas já ocorreram casos em que tivemos que negar um pedido por falta de tempo e entregadores”, diz Mambretti.

Apesar de estar em constante processo de contratação, a empresa procura um perfil adequado ao negócio. “Para trabalhar com a gente precisa ser cicloativista, gostar realmente de bicicleta e ter um estilo de vida compatível”, revela o empresário. Todos os entregadores da empresa são registrados, possuem seguro de vida e contra acidentes, além de ganhar uma ajuda de custo mensal para a manutenção do veículo.

São quatro empresas de entregas que prestam um serviço alternativo aos mais de 200 mil motoboys da cidade. A tendência é que com o sucesso e adesão a esse novo (e ao mesmo tempo antigo) modelo de negócio, novas empresas surjam no mercado. Uma delas é a Giro Courier, que está há menos de seis meses no mercado e ostenta uma agenda de entregas de dar inveja a qualquer empresa tradicional de motofrete. Com clientes como Greenpeace, Odebrecht, Heineken e diversas agências de publicidade, a Giro Courier tem três entregadores fixos e uma rede de freelancers. Segundo Paulo Zapello, proprietário da empresa, também existe a mesma preocupação com o perfil do trabalhador. “Preferimos contratar esportistas e amantes da bicicleta. Isso traz mais segurança e comprometimento”.

Tanto Zapella quanto Mambretti são otimistas. Acham que em breve a hegemonia nas entregas de São Paulo será das bicicletas. “Isso seria excelente, mas nesse processo será muito importante a educação e comportamento dos ciclistas”, diz Maria da Penha Pereira Nobre, coordenadora da divisão de trânsito do Instituto de Tecnologia (IE). Segundo Maria da Penha, os novos entregadores precisarão adotar uma postura não agressiva e defensiva, ou do contrário poderão, além de sofrer acidentes, conquistar a mesma antipatia que parte dos motoboys têm hoje.

Mas a especialista em trânsito admite que a crescente demanda por entregas a bike pode mexer na estrutura da cidade. “Hoje São Paulo não conta com ciclofaixas durante a semana. Com a crescente demanda dentro do mercado de trabalho o poder público será obrigado a repensar o espaço para ciclistas dentro do trânsito”.

Caso a tendência realmente se acentue e a cidade presencie um boom, como ocorreu com os motoboys há 20 anos, o mercado de entregas terá um papel muito importante na reestruturação e sustentabilidade do trânsito em São Paulo. “Muita gente até gostaria, mas não tem coragem de trocar o carro por uma bicicleta. Nesse caso, ela pode optar e incentivar quem tem coragem, isso não deixa de ser uma forma de contribui também”, acredita Mambretti.

5 lições de Copenhague para cidades brasileiras

fonte: Cidade para Pessoas
28 de fevereiro de 2012


Uma cidade em que 89% dos moradores se diz satisfeito vivendo. Não é de hoje que Copenhague, a capital da Dinamarca, colocou a qualidade de vida de seus habitantes no norte de sua administração política. O movimento começou no final da década de 50 e foi se consolidando de lá para cá. Uma figura importantíssima nesse projeto foi o arquiteto inspirador do Cidades para Pessoas, Jan Gehl.

Quando estive no Gehl Architects eu entrevistei, além do próprio Jan, o urbanista Jeff Risom. Novaiorquinho, ele conhece melhor os perrengues de uma metrópole com dimensões que atingem a casa dos milhares de moradores. Nesse vídeo ele mostra 5 lições que as cidades brasileiras poderiam aprender com Copenhague. Esse não é propriamente um vídeo de ideias, mostra sim um processo, alguns passos dinamarqueses que poderíamos seguir (e adaptar, quando necessário) para nortearmos melhor o crescimento de nossas cidades brasileiras.



12 boas ideias para a cidade voltar a ser das pessoas

fonte: Época SP
1:32, 7 DE FEVEREIRO DE 2012



A jornalista Natália Garcia tem viajado pelo mundo buscando soluções viáveis – e que já deram certo – para tornar as cidades mais propícias para as pessoas. Esse é quase o nome do seu projeto, “Cidades para Pessoas”, iniciado em 2011 e com sua primeira etapa concluída na segunda quinzena daquele mesmo ano (leia entrevista da Natália ao Na Bike nesse post).
Ao voltar ao Brasil no ano passado, Natália Garcia participou de eventos e encontros para falar sobre sua experiência acerca da mobilidade urbana e cidades mais humanas que descobriu em suas pedaladas e caminhadas pela Europa. Um desses eventos foi o TEDxJovem, ciclo de palestras feitas por e para pessoas jovens compartilharem suas experiências em distintas áreas com o intuito de estimular transformações benéficas na sociedade. Natália foi palestrante em uma das edições do TEDxJovem que aconteceu no fim de 2011 na capital paulista.
Durante seus vinte minutos de palestra, Natália Garcia contou como chegou ao conceito do projeto Cidades para Pessoas, as mudanças em sua relação com a cidade e quais são as 12 ideias que garimpou durante suas viagens e que são perfeitamente aplicáveis em cidades como São Paulo, por exemplo. Além de muito claras e objetivas, as ideias expostas pela jornalista são também esperançosas. Veja o vídeo abaixo, divulgue se achar pertinente. Boas ideias podem sempre inspirar outras tantas.