Galera!
O pessoal do Movimento Ciclista Alvorosso cedeu o material utilizado por eles na realização de oficinas de manutenção de bicicleta!
O bacana dessa galera é que eles falam de bicicleta de forma diferenciada, tratam como meio de transporte, observando o baixo custo e a qualidade de vida que essa mudança de habito, pedalar, proporciona!
Mas, antes de fala sobre manutenção, vamos ver um breve histórico da bicicleta, dando enfase aos pedais e os sistema de transmissão. Esses revolucionaram a aplicação da bicicleta, aumentando as possibilidades de uso!
A bicicleta é um veículo com duas rodas presas a um quadro, movido pelo esforço do próprio usuário (ciclista) por meio de pedais. Foi inventada no século XIX na Europa. Mas antes passou por 2 momentos importantes referente a sua constituição: O primeiro foi o surgimento dos pedais. Como antes disso a bicicleta era um veículo de duas rodas ligadas por uma ponte de madeira em forma de cavalo e acionado por impulso alternado dos pés sobre o chão, essa era o celerífero. No ano de 1855 o francês Ernest Michaux inventa o pedal, que foi instalado num veículo de duas rodas, traseira e uma dianteira. Os pedais eram ligados à roda dianteira, e o invento ficou conhecido como velocípede, palavra oriunda do latim velocidade + pé ou velocidade movida a pé. Alguns consideram a primeira bicicleta moderna, e na verdade ficou sendo chamado de triciclo posteriormente.
O segundo grande momento da bicicleta acontece em 1862, Pierre Lallement, viu alguém andando com uma bicicleta draisiana e teve a ideia de construir seu próprio veículo, mas com a adaptação de uma transmissão englobando um mecanismo de pedivela giratório e pedais fixados no cubo da roda traseira. Ele então acabou criando a primeira bicicleta propriamente dita depois que mudou-se para Paris em 1863. Assim, a bicicleta se transforma em um veiculo para mobilidade eficiente e saudável!
Agora vamos falar sobre esse veiculo fascinante, a bicicleta contemporanea, a que uso todos os dias para me locomover!
A bicicleta apresenta em sua constituição 8 principais sistemas mecânicos, que são eles:
1) Sistema de Transmissão (responsável por girar a coroa, que transmite o movimento para a catraca por intermédio de uma corrente, que esta conectada ao aro traseiro, colocando a bicicleta em movimento).
2) Sistema de Velocidades (responsável por guiar a corrente de forma que ela passe de uma engrenagem para outra de acordo com a vontade do ciclista, ajudando o mesmo a controlar a velocidade, relação pesada/leve que impacta na pedalada, troca de marchas).
3) Sistema de freios (responsável pelo atrito de pinças mecânicas nos aros, desacelerando a bicicleta ou parando-a totalmente).
4) Sistema de direção (responsável pelo movimento do guidão e do garfo, permitindo que o ciclista faca curvas e aumenta sua estabilidade).
5) Sistema de Rolamentos (par de eixo com rolamentos que são ligados ao aro, permitindo que a mesma rode livremente).
6) Sistema de Tração (um sistema de corrente e engrenagens ligados ao aro, permitindo que a bicicleta siga para frente quando o ciclista pedala).
7) Sistema de Suspensão (grupo de molas com o objetivo de absorver o impacto da bicicleta contra o solo em saltos ou mesmo em buracos).
8) Sistema Estrutural (conjunto, geralmente tubular, disposto com roscas e guia posicionadas de forma a suportar todos ou outros componentes da bicicleta, mantendo a ergonomia e firmeza).
A galera que participa do Alvorosso diz que precisamos ficar atentos, principalmente, ao desgaste dos sistemas de transmissão, freio, e rolamentos. Esses sistemas contem as peças mais utilizadas durante a pedalada. São as peças que passam por maior desgaste, diminuindo sua vida útil.
A escolha do tipo de bicicleta também interfere no seu bolso e na sua saúde. Respeitar a indicação do fabricante referente onde pode ser usada determinada bicicleta, traduz uma economia considerável em relação a outros modais de transporte!
Bicicleta é igual ao Cascão da Turma da Mônica: não gosta de agua. Como mostrei em um post anterior, o ideal é fazer a limpeza com querosene. Ele retira toda e qualquer sujeira do metal, deixando aquele brilho! Pinceis também ajudam a retirar o grosso da sujeira, antes da aplicação do querosene. Chuva? Bom, dessa não tem como escapar. A dica é depois que secar, retire o excesso de sujeira com o pincel e depois aplique o querosene.
Depois dessa limpeza, peças e sistemas mecânicos necessitam de lubrificação. Na bicicleta a orientação é usar graxa somente em peças e sistemas selados, pois a graxa acumula sujeira e isso é ruim para o seu funcionamento. E nas peças `externas`, o ideal é aplicar óleo para melhor encaixe e deslize.
Com a bicicleta totalmente limpa e lubrificada, é hora de prestar atenção em outros detalhes. A altura do banco (selim) deve estar devidamente ajustada. A sugestão é que fique na altura do quadril, possibilitando o movimento correto da perna. Isso para que suas articulações, como joelhos por exemplo, não fiquem o tempo inteiro flexionados, como alguns jovens gostam hoje em dia.
Praticar a pedalada é fundamental para se familiarizar com as manhas da troca de marchas. Difícil explicar essa parte, mas segue na mesma intenção da troca de marchas em carros. Quando no plano, o ideal é estar em marcha alta. Quando em aclive, marcha leve.
E claro, para melhorar sua performance, vai mais uma dica. A sugestão é que quando pedalar, principalmente nas subidas, ajuste sua marcha para que consiga manter 80 Rotações Por Minutos. Esse é o limite minimo para que seu corpo comece a ter um minimo de preparo e aguentar longas distancias.
Se você gostou das dicas, veja os slides usados pelos ciclistas do Alvorosso no meu perfil do flickr (pecaogru), ou aqui, já formatado em slideshow! Veja outros informações em:
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